quinta-feira, 12 de março de 2009

Dica grátis: Resumo Memórias de um Sargento de Milícias

Dica grátis: Resumo Memórias de um Sargento de Milícias


RESUMO DO LIVRO

Em síntese, o enredo de Memórias de um Sargento de Milícias, “tecido, como observa Antônio Soares Amora no já citado Pequeno Dicionário de Literatura Brasileira, com muitas peripécias e intrigas, que não deixam, ainda hoje, de entreter e prender o leitor, pode resumir-se na história da vida de Leonardo, filho de dois imigrantes portugueses, a sabia Maria da Hortaliça e Leonardo, “algibebe” em Lisboa e depois meirinho no Rio do tempo do Rei D. João VI: nascimento do “herói”, sua infância de endiabrado, suas desditas de filho abandonado mas sempre salvo de dificuldades pelos padrinhos (a parteira e um barbeiro); sua juventude de valdevinos; seus amores com a dengosa mulatinha Vidinha; suas malandrices com o truculento Major Vidigal, chefe de polícia; seu namoro com Luisinha; sua prisão pelo major; seu engajamento, por punição, no corpo de tropa do mesmo major; finalmente, porque os fados acabaram por lhe ser propícios e não lhe faltou a proteção da madrinha, tudo tem “conclusão feliz”: promoção a sargento de milícias e casamento com Luisinha”.

Para que se tenha uma idéia mais precisa do conteúdo do livro no que se refere ao enredo, vamos transcrever aqui o resumo elaborado pelo Prof. José Rodrigues Gameiro em estudo sobre Memórias de um Sargento de Milícias, no qual o presente trabalho está apoiado.

A obra é dividida em duas partes: a primeira com vinte e três capítulos e a segunda com vinte e cinco.

PRIMEIRA PARTE

I - Origem, Nascimento e Batizado. A novela se abre com a frase “Era no tempo do rei”, que situa a estória no século XIX, no Rio de Janeiro. Narra a vinda de Leonardo-Pataca para o Brasil. Ainda no navio, namora com uma patrícia, Maria da Hortaliça, sabia portuguesa. Daí resultou o casamento e... “sete meses depois teve a Maria um filho, formidável menino de quase três palmos de comprido, gordo e vermelho, cabeludo, espemeador e chorão; o qual, logo depois que nasceu, mamou duas horas seguidas sem deixar o peito”.

Esse menino é o Leonardo, futuro “sargento de milícias” e o “herói” do livro.

O capitulo termina com o batizado do garoto, tendo a “Comadre” por madrinha e o. barbeiro ou “Compadre” por padrinho, personagens importantes da estória.

II - Primeiros Infortúnios. Leonardo-Pataca descobre que Maria da Hortaliça, sua mulher, o traía com vários homens; dá-lhe uma surra e ela foge com um capitão de navio para Portugal.

O filho, depois de levar um pontapé no traseiro, é abandonado e o padrinho se encarrega dele.

III - Despedida às Travessuras. O padrinho, já velho, e sem ter a quem dedicar sua afeição, ficou caído pelo garoto, concentrando todos os seus esforços no futuro de Leonardo e desculpando todas as suas travessuras.

Depois de muito pensar, resolveu que ele seria padre.

IV - Fortuna. Leonardo-Pataca apaixonou-se por uma cigana que também o abandona. Para atraí-la novamente, recorre a feitiçarias de um caboclo velho e imundo que morava num mangue. Na última prova, à noite, quando estava nu e coberto com o manto do caboclo, aparece o Major Vidigal...

V - O Vidigal. Este capítulo descreve o Major - “um homem alto, não muito gordo, com ares de moleirão; tinha o olhar sempre baixo, os movimentos lentos, e a voz descansada e adocicada”. Era a polícia e a justiça da época, na cidade.

Depois de obrigar todos que se achavam na casa do caboclo a dançar, até não agüentarem mais, chicoteia-os e leva Leonardo para a “Casa da Guarda”, espécie de depósito de presos. Depois de visto pelos curiosos, é transferido para a cadeia.

VI - Primeira Noite Fora de Casa. Leonardo filho vai acompanhar uma “Via Sacra” de rua, muito comum naquela época, e junta-se a outros moleques. Acabam passando a noite num acampamento de ciganos. Descreve-se a festa e a dança do fado. De manhã, Leonardo pede para voltar para casa.

VII - A Comadre. Era a madrinha de Leonardo - “uma mulher baixa, excessivamente gorda, bonachona, ingênua ou tola até um certo ponto, e finória até outro; vivia do oficio de parteira, que adotara por curiosidade e benzia de quebranto...”. Gostava de ir à missa e ouvir o cochicho das beatas. Viu a vizinha do barbeiro e logo quis saber do que é que ela falava.

VIII - O Pátio dos Bichos. Assim era chamada a sala onde ficavam os velhos oficiais a serviço de El-Rei, esperando qualquer ordem.

No meio deles, estava um Tenente-Coronel a quem a Comadre vai pedir para interceder junto a El-Rei para soltar Leonardo-Pataca.

IX - O Arranjei-me do Compadre. O autor conta-nos como o barbeiro conseguiu arranjar-se na vida, apesar de sua profissão pouco rentável: improvisou-se de médico, ou melhor, “sangrador”, a bordo de um navio que vinha para o Brasil. O Capitão moribundo, entregou-lhe todas as economias para que as levasse à sua filha (do Capitão). Quando chegou a terra, ficou com tudo e nunca procurou a herdeira.

X - Explicações. O Tenente-Coronel interessara-se pelo Leonardo porque, de certa forma, ele o havia livrado de certa obrigação: seu filho, um desmiolado, é que havia infelicitado a tal de Mariazinha, a Maria da Hortaliça, ex-mulher de Leonardo. Por isso empenha-se e, por meio de um outro amigo, consegue que El-Rei solte Leonardo.

XI - Progresso e Atraso. Este capítulo é dedicado às dificuldades que o padrinho encontra para ensinar as primeiras letras ao afilhado e às implicâncias da vizinha. A seguir vem um bate-boca entre os dois, com o menino arremedando a velha, e com grande satisfação para o barbeiro que se julga “vingado”.

XII - Entrada para a Escola. É uma descrição das escolas da época. Aborda a importância da palmatória e nos conta como o novo e endiabrado aluno leva bolos de manhã e à tarde.

XIII - Mudança de Vida. Depois de muito esforço e paciência, o padrinho convence ao afilhado de voltar para a escola, mas ele foge habitualmente e faz amizade com o coroinha da Igreja. Pede ao padrinho, e este acede, para também ser coroinha. Pensava assim o barbeiro que seria meio caminho andado para se tomar padre. Como coroinha, aproveitou-se dessa função para jogar fumaça de incenso na cara da vizinha e derramar-lhe cera na mantilha. Vingava-se assim dela.

XIV - Nova Vingança e Seu Resultado. Neste capitulo, aparece o “Padre Mestre de Cerimônias”, que, embora de um exterior austero, mantinha relações com a cigana, a mesma que abandonara Leonardo-Pataca e fora causa de sua função. No dia da festa da Igreja da Sé, o Mestre de Cerimônia prepara-se orgulhosamente para proferir seu sermão.

O menino Leonardo, encarregado de avisar-lhe a hora do sermão, informa-lhe que será às 10 horas, quando na verdade devia ser às 9.

Um capuchinho italiano, para cooperar, e porque o pregador não chegava, começou a homilia.

Depois de algum tempo, chega o Mestre, furioso, e corre para o púlpito também. Após um bate-papo com o religioso, toma o lugar dele e continua o sermão. O resultado foi o sacristão ser despedido.

XV - Estralada. Leonardo-Pataca, sabendo que o Mestre de Cerimônias é que lhe tirara a cigana e que este iria ao aniversário dela, contratou Chico-Juca para criar confusão na festa. Avisou antecipadamente o Major Vidigal, que prende todo mundo, inclusive o Padre, e os leva para a “Casa da Guarda”.

XVI - Sucesso do Plano. O Mestre de Cerimônias, com o escândalo, foi obrigado a deixar a cigana, voltando para Leonardo, que recebe as censuras da Comadre.

XVII - D. Maria. O capitulo é dedicado a D. Maria, “uma mulher velha, muito gorda; devia ter sido muito formosa no seu tempo, porém dessa formosura só lhe restaram o rosado das faces e a alvura dos dentes...”; “...tinha bom coração e era benfazeja, devota e amiga dos pobres, porém, em compensação destas virtudes, tinha um dos piores vícios daquele tempo e daqueles costumes; era a mania das demandas...”

Em sua casa, estavam reunidos, por causa da “Procissão dos Ourives”, o Compadre e o menino, a Comadre e a vizinha O assunto gira em tomo das peripécias do garoto, que aproveita a ocasião e pisa a saia da vizinha, rasgando-a.

A seguir, todos discutem o futuro do rapaz. Depois de cada um dar o palpite, D. Maria sugere que ele seja “Procurador de Causas...”

XVIII - Amores. Leonardo não correspondeu a nenhum dos desejos do padrinho: não foi para Coimbra, não se fez padre, não trabalhou em cartório algum e não foi para a Conceição. Tomou-se um vadio. Um vadio comum, que simplesmente não pensa em nada, vai-se deixando levar pelos acontecimentos sem tirar proveito pessoal de nenhum.

Enquanto isso, Leonardo-Pataca acaba casando-se com a sobrinha da Comadre.

Por sua vez, D. Maria ganha a demanda para ser tutora de uma sobrinha órfã e começa a receber a visita freqüente do Compadre com o afilhado. A sobrinha de D. Maria era já bem desenvolvida, mas muito desajeitada: tinha perdido a graça da menina e não adquirira ainda a beleza da moça.

Leonardo saiu rindo dela, mas não a esqueceu jamais.

XIX - Domingos do Espírito Santo. Na “Festa do Divino”, o Compadre vai com D. Maria e Leonardo ao Campo para ver o fogo. Leonardo começa a apaixonar-se pela sobrinha de D. Maria.

XX - O Fogo no Campo. Terminada a “Festa do Divino” com foguetes e fogos de artifício, Leonardo e Luisinha, sobrinha de D. Maria, tomam-se íntimos.

XXI - Contrariedades. Luisinha voltou ao seu silêncio interior e um novo personagem aparece: é o José Manuel. Muito experiente na vida, passa a cortejar D. Maria, mas interessado na sobrinha e principalmente na herança dela.

XXII - Aliança. O Padrinho e a Comadre aliam-se num só plano contra José Manuel.

XXIII - Declaração. Numa cena ridícula, todo desajeitado, depois de muitas tentativas e retrocessos, Leonardo consegue declarar-se a Luisinha.

SEGUNDA PARTE

I - A Comadre em Exercício. Aqui, o autor narra o nascimento da filha de Leonardo-Pataca e de Chiquinha. A Comadre faz o parto, e o autor aproveita para fazer interessante descrição dos costumes da época.

II - Trama. A Comadre, numa aliança com o sobrinho e o Compadre contra José Manuel, inventa para D. Maria que este fora o raptor da moça na porta da Igreja (um caso policial da época).

III - Derrota. José Manuel põe-se em campo para saber quem é seu adversário e quem tinha feito a intriga perante D. Maria.

IV - O Mestre de Reza. Os mestres de reza da época eram geralmente cegos que ensinavam às crianças as primeiras rezas e o catecismo. Faziam-no á base da palmatória. O Mestre de Reza encarregou-se de descobrir, para José Manuel, quem era o intrigante.

V - Transtorno. O Compadre morre e deixa Leonardo como seu herdeiro. Segue-se a cerimônia de luto e o enterro. Leonardo volta para a casa do pai. A Comadre, que também mora com a filha, faz agora as vezes do Compadre. Leonardo não se entende com a madrasta, Chiquinha.

VI - Pior Transtorno. Leonardo, ao voltar da casa de Luisinha, aborrecido por não a ter visto, briga com Chiquinha. O pai intervém de espada, e Leonardo foge de casa.

A Comadre censura os dois e vai procurar o afilhado, enquanto os vizinhos comentam as ocorrências...

VII - Remédio dos Males. Ao fugir de casa, Leonardo encontra o antigo colega, o Sacristão da Sé, num pique-nique em companhia de moças e rapazes, o qual o convida para ficar; ele aceita e enche-se de amores por Vidinha, cantora de modinhas, que tocava viola.

“Vidinha era uma mulatinha de dezoito a vinte anos, de altura regular. ombros largos, peito alteado, cintura fina e pés pequeninos; tinha os olhos muito pretos e muito vivos, os lábios grossos e úmidos, os dentes alvíssimos. a fala era um pouco descansada, doce e afinada.”

VIII - Novos Amores. Este capitulo faz a descrição da nova família que acolhe Leonardo. Era composta de duas irmãs viúvas, uma com três filhos e a outra com três filhas. Passavam dos quarenta anos e eram muito gordas e parecidas. Os três filhos da primeira tinham mais de 20 anos e eram empregados no trem. As moças, mais ou menos da idade dos rapazes, eram bonitas, cada uma a seu modo. Uma delas era Vidinha.

IX - José Manuel Triunfa. A Comadre procurou Leonardo por toda parte e, não o encontrando, foi à casa de D. Maria, que a repreendeu por “ter cometido um grande...”

Ela logo entendeu e percebeu que José Manuel estava regenerado aos olhos de D. Maria; e também chegou à conclusão de que o cego Mestre de Reza é que tinha desvendado tudo.

A Comadre desculpa-se e toma conhecimento do interesse de José Manuel por Luisinha.

X - O Agregado. Leonardo fica agregado na nova família, como era costume naquela época. Dois irmãos pretendentes a Vidinha unem-se contra Leonardo, que estava gostando dela.

Vidinha e as Velhas tomam o partido de Leonardo. Houve briga e confusões.

Leonardo decidiu sair da casa, mas as velhas não consentem. Chega a Comadre.

XI - Malsinação. Depois de conferências entre as velhas e a Comadre, Leonardo fica, para alegria de Vidinha.

Os primos vencidos, combinam um modo de vingar-se

Fizeram uma patuscada semelhante à que haviam feito quando conheceram Leonardo e avisaram o Major Vidigal... Este chega no meio da farra e prende Leonardo.

XII - Triunfo Completo de José Manuel. José Manuel ganha uma causa forense para D. Maria e, com isso, consegue o consentimento para casar-se com Luisinha, que Leonardo já havia esquecido; ela aceita com indiferença o novo pretendente. Há festa e casamento em carruagens - “destroços da arca de Noé”.

XIII - Escápula. A caminho da prisão, Leonardo procura um jeito de fugir. O Major adivinha o pensamento do moço e presta atenção a todos os seus movimentos. Entretanto, na hora em que surgiu um pequeno tumulto na rua, e o Major desviou a atenção do prisioneiro, Leonardo escapuliu e foi para a casa de Vidinha.

O Major, pasmado com o acontecido, procura-o por toda parte, com os granadeiros.

XIV - O Vidigal Desapontado. Vidigal, com o orgulho ferido, sobretudo devido às zombarias do povo, jurou vingar-se. A Comadre, entretanto, que não sabia da fuga, procura o Major e, ajoelhada a seus pés, chora e suplica pelo afilhado.

Os granadeiros riam dela cada vez que gritava - solte, solte!

XV - Caldo Entornado. Tendo sabido da fuga de Leonardo, a Comadre dirigiu-se à casa das velhas e pregou um sermão ao afilhado, concitando-o a que abandonasse a vadiagem e procurasse um emprego. Ela mesma consegue para ele uma ocupação na “Ucharia Real”.

O Major não gostou disso porque assim não poderia prendê-la Ucharia, morava um tal de Toma-Largura, assim chamado pela sua estampa grotesca, em companhia de uma mulher bonita Leonardo começa a demorar cada vez mais no trabalho e a esquecer Vidinha.

Um dia, Toma-Largura surpreendeu-o tomando sopa com sua mulher e corre atrás dele escorraçando-o de casa. No dia seguinte, Leonardo é despedido do emprego.

XVI - Ciúmes. Vidinha, extremamente ciumenta, quando soube do acontecido, foi tomar satisfação com a mulher do Toma-Largura, depois de gritar, chorar e ameaçar.

Leonardo vai atrás e se encontra com o Major Vidigal, que o prende.

XVII - Fogo de Palha. Vidinha começa a xingar Toma-Largura e a mulher. Como não houvesse reação dos dois, ficou desconcertada, tomou a mantilha e saiu. Toma-Largura, encantado com Vidinha, resolveu conquistar nem que fosse uma diminuta parcela de seu amor, porque assim se vingaria de Leonardo e satisfaria seu desejo de conquista amorosa. Desse modo, acompanhou a moça para saber onde ela morava.

XVIII - Represálias. Quando Vidinha chegou a casa, deram também por falta de Leonardo. Mandam-no procurar por toda parte e nada. Suspeitam do Major, mas não o encontram na Casa da Guarda.

A Comadre, avisada, põe-se em campo à procura do afilhado, mas também não o encontra. A família que hospedava Leonardo começou a odiá-lo, julgando que ele se havia ocultado propositalmente.

Enquanto isso, o Toma-Largura começa a rodear a casa de Vidinha para cumprimentá-la. Mal imagina ele o que lhes estão preparando...

Recebido em casa, resolvem comemorar a aproximação com uma patuscada nos “Cajueiros”, no mesmo lugar onde Leonardo conhecera a família. E claro que o Toma-Largura lá estava. E como gosta de beber, acabou provocando uma grande confusão na festa. Inesperadamente chega o Vidigal com um grupo de granadeiros e dá ordem a um deles para levar o Toma-Largura preso. Este granadeiro era Leonardo.

XIX - O Granadeiro. Depois de preso, o Toma-Largura foi abandonado na calçada porque estava completamente bêbado e sem condições de andar. A seguir, o autor conta como Leonardo fora transformado em granadeiro: depois de preso foi escondido por Vidigal e levado para sentar praça no Regimento Novo. A seguir, foi requisitado para ajudar o Major nas tarefas policiais. Era a maneira de o Vidigal se vingar.

Leonardo mostrou-se bom de serviço, mas participou de uma “diabrura” quando, em missão, representou Vidigal, defunto, numa cena para ridicularizá-lo.

XX - Novas Diabruras. O Major decide prender Teotônio, um grande animador de festas, onde tocava e cantava modinhas e mostrava outras habilidades, como banqueiro de jogo.

Teotônio, na festa de batizado do filho de Leonardo-Pataca com a filha da Comadre, fez caretas e mímicas imitando o Major, que estava presente, para risada geral do público. O Major sai correndo e incumbe Leonardo de prender Teotônio.

Leonardo, muito bem recebido na casa, revela a missão de que estava incumbido e, de comum acordo com Teotônio, concebe um plano para lograr o Major.

XXI - Descoberta. Leonardo foi cumprimentado por um amigo indiscreto, na frente do Major, pela façanha, e este o prende imediatamente.

Enquanto isso, o José Manuel, depois da lua-de-mel com Luisinha, começou a mostrar que não era lá grande coisa. Isso fez com que D. Maria se aliasse à Comadre para soltar Leonardo.

XXII - Empenhos. Depois de uma tentativa frustrada junto ao Major, a Comadre pede os préstimos de D. Maria que, por sua vez, recorre a Maria Regalada. Chamava-se assim por ser muito alegre, ria-se de tudo. Morava na Prainha, e, quando mais nova, era uma “mocetona de truz”. Já era conhecida do Major, com quem há tempos tivera encontros amorosos.

XXIII - As Três em Comissâo. As três vão ao Major pedir-lhe para soltar Leonardo. Ele mostra-se inicialmente inflexível como o cargo e o lugar exigiam. Como as três rompessem em prantos, ele não se conteve e chorou também, feito um bobo. Depois recompôs-se e ficou novamente durão.

Entretanto, Maria Regalada cochichou-lhe qualquer coisa ao ouvido, e ele logo promete não somente soltar Leonardo como alguma coisa mais.

XXIV - A Morte é Juiz. José Manuel, com a ação que lhe moveu a sogra, tem um ataque de apoplexia e morre.

Leonardo, libertado, chega à noitinha e a primeira coisa que procura é Luisinha. Tinha sido promovido a sargento. A admiração um pelo outro é recíproca.

XXV - Conclusão Feliz. Depois do luto, Leonardo e Luisinha recomeçam o namoro. Os dois querem casar-se, mas há uma dificuldade: Leonardo era soldado, e soldado não podia casar. Levaram o problema ao Major, que vivia com Maria Regalada. Esse fora o preço pela soltura do Leonardo.

Por influência da mulher, o Vidigal logo arranjou um jeito: dar baixa em Leonardo como tropa de linha e nomeá-lo “Sargento de Milícias”.

Leonardo pai entrega ao filho a herança que lhe deixara o padrinho barbeiro. Leonardo e Luisinha casam-se. E agora aparece “o reverso da medalha”:

“Seguiu-se a morte de D. Maria, a do Leonardo-Pataca, e uma enfiada de acontecimentos tristes que pouparemos aos leitores, fazendo aqui ponto .final.”

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